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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

"Não pulamos nenhuma fase", diz Di Ferrero sobre as razões do sucesso do NX ZERO


Pode não parecer, mas neste ano o NX Zero completou dez anos. Surgida no cenário independente de São Paulo, a banda conseguiu despontar como um dos principais nomes da música atual, com inúmeros prêmios, incluíndo um Grammy Latino, e milhares de discos vendidos. Se no começo da banda, pouca esperança se dava na continuação do sucesso do grupo, hoje, eles mostram mesmo que vieram para ficar. E como explicar essa contínua popularidade da banda? Qual foi o segredo do NX para conquistar tantos fãs?
Em entrevista ao Kzuka, Di Ferrero respondeu a essas perguntas e soltou o verbo para falar do cenário musical atual e dar conselhos pra galera que quer seguir na música.

KZUKA: Nos últimos trabalhos vocês tiveram muitas participações de rappers. Você acha que hoje rola mais liberdade por parte da gravadora ou mais coragem e amadurecimento para arriscar e tocar o que vocês realmente querem?
Di Ferrero: Na real, nem é uma coisa que aconteceu com a gravadora, porque eles dão bastante liberdade para a gente. O que aconteceu foi a própria mudança nas nossas vidas. Hoje, a gente se sente mais seguro para fazer isso, antes não estávamos maduros o suficiente. Amadurecemos, mas a nossa essência é a mesma. E ainda bem que rolou essa mudança, sempre temos que nos reinventar.

KZK: E como fica o relacionamento da banda após esses 10 anos? Vocês parecem se dar muito bem. Mudou alguma coisa na amizade?
D.F.: Mudou para a melhor! Antes da banda a gente já era amigo. Nós respeitamos o outro e somos entrosados dentro do palco. Tá todo mundo fazendo o que curte, então nunca rolou falta de respeito.

KZK: Algum integrante manifesta alguma vontade de ter outro projeto musical, além do NX?
D.F.: É que na verdade, mesmo tendo dez anos de banda, nós quase nunca tiramos férias. A gente se sente livre para fazer o que quiser, mas acaba que a gente não tem tempo para pensar nisso.

KZK: A sua namorada, além de atriz, também é cantora. Vocês já pensaram em lançar alguma coisa juntos?
D.F.: A gente conversa sobre isso, mas ela também está bastante ocupada, no começo de muitas coisas novas. Ela já é a atriz há bastante tempo, mas hoje tem muitos projetos, filmes, novelas. Então, falta mesmo tempo para tentar gravar alguma coisa.

KZK: No nosso site já fizemos uma matéria com alguns fãs da Restart e a maioria deles dizia não acreditar que a banda fará sucesso daqui há 10 anos. Quando vocês começaram a sensação era mais ou menos a mesma. No entanto, vocês estão emplacando hits até hoje. Por que você acredita que a banda deu certo?
D.F.: Porque quando a gente começou a fazer sucesso já tinhamos cinco anos de banda. Nós não pulamos nenhuma fase. Já estavamos tão seguros, já tínhamos feito tantos shows que isso acabou nos servindo de inspiração para tudo. Mas, mesmo assim, muitas pessoas não acreditavam na gente. É normal, sempre quando falo com os caras da Restart digo que eles não devem se preocupar com isso. Quando muitos não acreditaram, olha onde estamos agora? É impressionante como o mundo dá voltas.

KZK: Quais são as influências musicais de vocês hoje?
D.F.: Das coisas mais novas curtimos a galera que a gente tem amizade, Emicida, Kamau, Túlio Dek. De rock nacional, Granada, Rancore, que surgiram junto com a gente e que eu acho que também vieram para ficar.

KZK: Como estão as expectativas para o show no Rock in Rio? Vocês pretendem apresentar alguma música nova?
D.F.: Demais, não veio em melhor época! Ainda mais tocar no mesmo dia do show do Red Hot Chili Peppers, que curtimos muito o som. Estamos bem ensaiados, muito seguros. Acho que ainda é cedo para colocar alguma coisa nova nos nossos shows, a apresentação vai ser de uma hora mais ou menos, então, queremos cantar músicas que façam a galera cantar junto.

KZK: No Kzuka a gente recebe muitos pedidos pra que a gente divulgue novas bandas. Qual o seu conselho para essa galera que está começando na música?
D.F.: Algumas coisas têm me chamado atenção, hoje em dia, que é pular alguma fase, sabe? Muitas bandas só estão pensando em fazer sucesso e não é bem assim. Eu sei que é clichê falar isso, mas você tem que passar por dificuldades, tem que saber se virar sozinho.

Fonte: Kzuka / Conrasteam

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